O trabalho presencial voltará a ser uma realidade? Entenda como o mercado está se posicionando! 

O trabalho presencial voltará a ser uma realidade? Entenda como o mercado está se posicionando! 

O trabalho presencial voltará a ser uma realidade para as empresas que desejam esse retorno ao escritório. No entanto, essa decisão deve considerar várias questões, como a satisfação dos profissionais e a produtividade. Veja como deve ser o cenário no Brasil e no mundo.  

 Depois de mais de um ano de pandemia, é impossível não se perguntar: o trabalho presencial voltará a ser uma realidade? Há quem diga que sim. Porém, os dados mostram que o cenário pode ser um pouco diferente.  

 Algumas empresas já cogitam manter tudo de forma remota. Ou, pelo menos, adotar o trabalho híbrido. Por quê? Existem vários motivos para isso. Um deles é a preferência dos colaboradores.  

 Um terço dos colaboradores pensaria em mudar de emprego se fosse obrigado a voltar ao escritório. O levantamento é da Robert Half e vamos detalhar mais adiante.  

 Nesse momento, o que importa é saber que o desejo dos profissionais é um dos pontos a considerar. Muitos optam pelos modelos remoto e híbrido porque trazem mais autonomia e flexibilidade.  

 Por outro lado, voltar ao escritório também tem suas vantagens. Especialmente, na capacidade de envolver equipes no espaço de trabalho. Também fica mais fácil estabelecer uma cultura organizacional e garantir que todos atuem em prol do mesmo objetivo.  

 Portanto, é impossível dizer que um modelo é definitivamente melhor do que o outro. Tudo depende do contexto empresarial e da experiência vivenciada nos últimos meses. Para ajudar nessa análise, criamos este post com uma reflexão sobre o assunto. Assim, você poderá decidir qual é o melhor caminho para o seu negócio. Que tal fazer essa avaliação agora? 

  

O cenário da pandemia 

O primeiro ponto a analisar é o cenário atual da pandemia. Em todo o mundo, a vacinação está sendo aplicada e já se começa a ver uma luz no fim do túnel em alguns países. Especialmente, os europeus. 

 Por exemplo, Portugal já está na fase final do seu plano de relaxamento das restrições. Com isso, as atividades noturnas de lazer voltaram a funcionar. As atrações deixam de ter limitação de público e de horário. Na Inglaterra, os bares voltaram a ser reabertos no começo de outubro de 2021. 

 Apesar de ainda serem notificados casos de COVID-19, esses países já conseguiram controlar a doença. Por isso, ensaiam uma reabertura total, possível devido à vacinação.  

 No Brasil, cada estado segue suas determinações. De modo geral, as atividades estão em funcionamento, porém, com exigência de uso de máscara e isolamento social. Além disso, estão sendo realizados eventos-teste em vários locais. Nesse caso, são exigidos testes negativos de COVID-19 ou as duas doses da vacinação. 

 Diante desse cenário, volta a pergunta se o trabalho presencial voltará a ser uma realidade. Afinal, com a reabertura das atividades, as empresas podem escolher em qual modelo continuarão atuando. Vamos entender melhor. 

 

Preferência dos colaboradores 

Para responder a essas perguntas, precisamos ver alguns dados. A pesquisa da Robert Half, já citada, mostra que o trabalho remoto foi bem-aceito entre os colaboradores. A empresa de consultoria de RH indicou que essa aceitação está especialmente relacionada às mulheres. 

 Conforme o levantamento, 44,1% das entrevistadas procurariam um novo emprego se o trabalho remoto fosse totalmente retirado. Os homens também consideram essa alternativa, mas em proporção menor. Nesse caso, 31,4% consideram essa opção. 

 Apesar de menos da metade dos funcionários tomarem essa decisão, a maioria prefere o modelo híbrido. A mesma pesquisa indica que 63,8% preferem trabalhar mais dias em casa do que no escritório. Apenas 16,7% optam pela modalidade presencial. Além disso, 76,5% consideram a atuação a distância como um novo modo de trabalhar. 

 Por que esses dados pendem tanto para o trabalho remoto? A resposta pode estar na sensação de segurança. Pelo menos, é o que aposta o professor de economia comportamental e psicologia da Duke University, Dan Ariely. 

 Segundo ele, ainda levará tempo para que os profissionais se sintam confortáveis em voltar ao escritório. No entanto, ele alega que os colaboradores vão desejar esse retorno quando chegar a hora certa. Inclusive, ele destaca que “no geral, quando as pessoas estão estressadas, ansiosas e preocupadas, não é a hora de esperar que elas reflitam e entendam seus motivos da melhor maneira possível”. Portanto, o professor acredita que é preciso esperar. 

 

Cenário mundial 

 Algumas das principais empresas do mundo já ensaiaram um retorno aos seus escritórios. Algumas delas tiveram que recuar. Um exemplo é a Amazon. Depois de Jeff Bezos determinar o modelo presencial em tempo integral, ele voltou atrás e optou por 2 dias em casa e o restante presencial.  

 Além de ter percebido que não há perdas na produtividade na era do trabalho híbrido, ele considerou a satisfação dos funcionários. Por isso, outras gigantes da tecnologia seguem o mesmo caminho. É o que Apple e Google fazem. Ambas desenham modelos de trabalho remoto. A diferença entre elas está relacionada à flexibilidade. 

 De todo modo, o que o professor da Duke University recomenda é que seja implementado um período experimental, caso o objetivo seja voltar ao trabalho presencial. Assim, é possível reforçar a segurança dos colaboradores e isso os ajudará a tomarem decisões. 

 

Como lidar com a necessidade de interagir com outras pessoas? 

Dan Ariely afirma que as pessoas sentem falta da interação social e diz que não se deve subestimar essa necessidade. Por outro lado, algumas empresas reforçam os contatos virtuais. Apesar da lei brasileira prever o home office e destacar suas regras, é possível fazer encontros esporádicos. 

 Um exemplo é a Officeless. Com o modelo híbrido adotado há 7 anos, a companhia opta por encontros presenciais “intensos e com mais significado”. Por isso, trocou totalmente o formato presencial pelos desafios do trabalho remoto. 

 Enquanto isso, existe o Google, que está comprando um prédio em Nova York por 1,2 bilhão de dólares. Ainda que tenha sido a primeira gigante da tecnologia a adiar o retorno ao escritório, ela deixou claro que o trabalho presencial voltará a ser realidade. 

 Segundo o CEO, Sundar Pichai, a empresa “acredita que estar pessoalmente, juntos, tendo o senso de comunidade é superimportante, pois sempre que é necessário resolver problemas difíceis, é preciso criar algo novo. (…) Por isso, não vemos essa mudança, não achamos que o futuro seja 100% remoto ou algo assim”.  

 

O trabalho presencial voltará a ser uma realidade? 

Com todos esses dados, fica claro que a resposta a essa pergunta depende muito do contexto organizacional. De toda forma, a KMPG resolveu fazer a Pesquisa COVID-19: como será o seu retorno aos escritórios. Ela traz indicações do que deve acontecer. 

 Lançado em abril de 2021, o estudo mostra que os empresários pretendem garantir o retorno aos escritórios ainda durante o ano. Para 39% deles, a intenção é fazer esse processo no segundo semestre. Outros 27% planejaram o retorno ainda para os primeiros seis meses do ano. Ainda há 34% que optam pela volta somente em 2022. 

 Apesar disso, somente13% destacaram tirar totalmente o home office, mesmo com a vacinação. Como esses empresários pretendem fazer? Veja a resposta:  

  • 34% querem estabelecer o trabalho híbrido, sendo que a atuação a distância seria possível por até três vezes na semana; 
  • 24% querem adotar o modelo de dois dias fora e três dias dentro do escritório; 
  • 15% desejam o trabalho remoto, ou seja, totalmente no estilo home office e anywhere office. 

Assim, o cenário se apresenta de forma diversificada. Enquanto uns pretendem flexibilizar, outros querem adotar o modelo antigo. De toda forma, parece que o formato híbrido é uma alternativa que “agrada a gregos e troianos”. 

 Afinal, a empresa consegue fazer o controle de que precisa e ainda garante a interação na equipe. Ao mesmo tempo, os colaboradores se sentem beneficiados, respeitados e valorizados com a flexibilidade. Especialmente, porque podem evitar gastos desnecessários com deslocamentos, e conseguem equilibrar vida pessoal e profissional.  

Agora, você já pode decidir se o trabalho presencial voltará a ser uma realidade. Qualquer que seja a sua resposta, considere as possibilidades. Se a opção for pelo modelo híbrido ou remoto, vale a pena pensar em oferecer uma estrutura adequada aos profissionais. Assim, sua empresa pode contratar pessoas de qualquer lugar e ainda manter a produtividade e as questões estratégicas. 

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